Da Redação
Foto: Thais Pimenta |
O que é #PósTv?
A Pós Tv, que tem como objetivo debater
e democratizar o acesso à informação através da internet é um programa criado
em 2011 através de ações do circuito Fora do Eixo. A primeira experiência
aconteceu durante a Marcha da Maconha/Liberdade realizada em maio do ano
passado. na cidade de São Paulo. Com o intuito de passar a informação de uma
forma descentralizada e afastada das tradicionais grades de programação da
televisão brasileira, a experiência da Pósv é colaborativa, baseada na
interatividade e na liberdade de formatos.
Como conhecemos
Pós Tv durante o Congresso FDE/ Foto: Rafael Flores |
#CidadeQueQueremos
Eleições nas nossas portas e os debates
continuam quadrados e sem interação alguma com os espectadores. Na contramão
vem mais uma vez o circuito Fora do Eixo com a ideia de “hackear” as discussões
políticas, colocando assim o ponto de vista da sociedade em evidência. A série
de debates “Cidade Que Queremos” chega com esse objetivo e se itensifica nesta
reta final das campanhas, atingindo e sendo apropriada por todas regiões do
país. O Rebucetê e o Coletivo Suíça Bahiana, entendendo a importância, se
apropriaram. Sentindo falta do tema Cultura nas discussões políticas da cidade,
os coletivos começaram na última quinta-feira a realizar a sequência de Pós
Tv’s que tem como tema a “Gestão Municipal de Cultura”.
Para a integrante do Coletivo Suiça
Bahiana, Ana Luiza, “Há uma necessidade de “hackear” os debates
políticos, que sempre aparecem de forma fechada, quadrada e o público não tem
uma participação forte. Como trabalhamos nessa questão de mídias livres,
percebemos a força das redes sociais e chegamos a conclusão que nada melhor que
oferecer através dessas mídias uma participação ativa dentro desses processos
políticos. Pessoas que não estão na cidade ou que não são daqui, mas tem
interesse no debate, podem acompanhar e até mandar perguntas ao vivo”.
Ricardo Marques e Gildelson Felício/ Foto: Thais Pimenta |
Rogério Luiz iniciou a transmissão
apresentando os coletivos realizadores e contando um pouco da história recente
da mobilização cultura de Conquista. Logo após, o microfone foi passado a
Ricardo Marques e Gildelson Felício para que pudessem mostrarem os
posicionamentos políticos culturais da atual gestão e os projetos
futuros, caso Guliherme Menezes se reeleja. Para eles, projetos pensados e
construídos com a sociedade civil se tornaram marcos culturais no município, a
exemplo do Natal da Cidade, que surgiu através de uma necessidade de
revitalização de características locais, especialmente dos ternos reis,
mesclando com outras manifestações culturais nacionais. Gildelson Felício
ainda expôs que “o nosso modelo de governo permite uma participação ativa da
sociedade civil e é justamente dessa forma que solidificamos nossas ações. No
âmbito cultural é da mesma forma. Pensar numa cultura conquistense através de
metas construídas pela Prefeitura junto com a população só faz com que esses
projetos cresçam, assim como a nossa tradição”.
O debate seguiu com a interação
dos presentes no ambiente e dos internautas que mandaram suas perguntas via
Twitter , Facebook e pela página da PósTv. Daisy Andrade, do grupo de teatro
Finos Trapos foi responsável por uma das interações virtuais e criticou a
política adotada para a realização do edital para o projeto Cenas Curtas, um
dos poucos a abranger o teatro. “Ele (o edital) não contemplou os artistas, isso é visível e não
gostei do resultados. Vi artistas, mais de 12 artistas em cena, labutando para
ter um cachê pequeno e desgastado”. O rebuceteiro Rafael Flores ainda
questionou a inatividade dos conselhos municipais de Juventude e Cultura. A
gestão respondeu apontando uma falta de mobilização da sociedade civil local,
que foi convidada a compor os conselhos e não se manifestou a respeito.
A candidata a vereadora, Jeane Marrie,
que atua há 27 anos dentro do cenário cultural da cidade, abordou um pouco do
destaque que Conquista sempre teve em relação a cultura, mas também da
necessidade de se pensar em leis de financiamento. Outro candidato ao
legislativo municipal a se manifestar foi André Ará, o qual perguntou se havia
algum plano para se criar uma secretaria de Esporte desvinculada da de Cultura.
O candidato recebeu resposta negativa dos representantes da prefeitura.
Finalizando a tarde, Ricardo Marques
fez suas considerações finais abordando sobre algumas características da gestão
Guilherme Menezes, e pontuando a importância que esta dá a um bom planejamento.
Conclui dizendo que “é preciso usar o conceito amplo de cultura. Para mim ela é
uma das dimensões mais importantes do ser humano porque ela que é a identidade
de um grupo, uma sociedade. A principal função da cultura é garantir e
preservar essa identidade e investir no desenvolvimento humano”.
O Rebucetê está orgulhoso de participar da construção de um momento tão importante para a Comunicação Social da cidade. Ainda teremos a oportunidade de conhecer os posicionamentos políticos culturais dos candidatos Herzem Gusmão (PMDB) e Elquisson Soares (PPS). Os candidatos Mão Branca (PV) e Abel Rebouças (PDT) não responderam ao nosso convite até o momento. A próxima Pós Tv acontece na manhã desta segunda-feira, às 09h, no auditório Jorge Melquisedeque na UESB. Esperamos pela participação de vocês!