quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Relembrando gostosinho #Retrospectiva2012 [Março]


No mês no qual é comemorado o Dia Municipal da Cultura em Vitória da Conquista,  muita coisa aconteceu na cidade. A programação do Grito Rock 2012 esticou o carnaval e agitou as noites de quinta e sexta-feira dos projetos Noite Fora do Eixo e Sexta Básica, palco para a despedida das bandas Maglore (que foi partiu para São Paulo) e Os Barcos (que navegaram rumo à capital baiana). A temporada do Verão Cênico continuou proporcionando muitas sensações no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. Além disso, nomes importantes passaram por aqui como Jessier Quirino e Xangai e o cineasta Orlando Sena. Vamos relembrar?

APÓS O FIM, A NOVA CHANCE DO COMEÇO

Atores em palco, luz e som. A peça apresentada pela Cia de Teatro Espírita Artesseência dispensa cenário, mas a iluminação tem significado especial na trama e vem a compensar essa falta.  A concepção de luz do espetáculo trabalha com a ideia de não ter espaço definido cenicamente porque tenta reproduzir, durante todo o tempo, os momentos psicológicos dos personagens. No projeto Verão Cênico 2011/2012 o grupo foi selecionado para duas apresentações, uma em Feira de Santana e outra em Vitória da Conquista. Para além disso, levaram a peça para a cidade de Salvador e Alagoinhas.



Xangai subiu ao palco comandando o início do espetáculo. Mais que a vontade em sua terra natal, o músico tem, com sua platéia, uma relação muito íntima, fazendo da mesma um coral que acompanhava emocionado. Algumas músicas, envolvendo boleros e grandes clássicos da cultura popular, depois, Xangai enfim convidou o escritor paraibano Jessier Quirino para se juntar a ele. A partir daí foram só risos. A sagacidade de Jessier prendeu a atenção dos presentes que o observavam atentamente enquanto ele contava e até mesmo ensaiva uma encenação dos seus causos.


O Grito Rock presenteou o público com um belo momento. Momento este que causou lágrimas em alguns e arrepios em outros. Era a despedida das duas bandas mais queridinhas do público de Vitória da Conquista. A dobradinha Maglore e Os Barcos, mais conhecidos como “Novíssimo Baianos” (apelido dado pelo jornalista Luciano Matos e que titulou a turnê que fizeram juntos em 2010) estavam arrumando as malas. A conquistense Os Barcos, com uma mudança na formação, iniciaram uma aventura na capital baiana, enquanto a soteropolitana Maglore se despediu da Bahia e ocupou terras paulistanas.


Em meados do século XX, outro protagonista chamado Orlando, só que dessa vez em vida real, nascia para a cultura do país. Dessa vez sem princesas ou histórias de cavalaria, mas com os mesmos contratempos que qualquer guerreiro acaba encontrando no meio do caminho. Orlando Senna é  um cineasta baiano que já rodou filmes como “Diamante Bruto” e “Giritana”, trabalhou em roteiros como "Ópera do Malandro", “Quincas Berro D’água” e "Coronel Delmiro Gouveia", dirigiu a Escola de Cinema em Cuba e se destaca como um dos maiores pensadores vivos do país. Ao vir a Vitória da Conquista para apadrinhar o curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Orlando bateu um papo com O Rebucetê, falando um pouco dos contratempos da contemporaneidade.


A Banda Uó, uma das mais esperadas atrações dessa edição do Grito Rock, se apresentou no dia 02/03 no palco do Viela Sebo e Café, em Vitória da Conquista. Os goianos Mateus Carilho, Davi Sabbag e Mel Gonçalves fizeram todos dançar e suar um bocado ao som do electrobrega, mistura do tecnobrega paranaense com o pop americano, em um show que durou por volta de uma hora. O repertório que contou com os sucessos “Shake de Amor” e “O Gosto Amargo do Perfume”, também teve direito a um improviso da música “Garçom”, do rei do brega, Reginaldo Rossi. No auge de sua esquizofrenia climática, a cidade resolveu reconhecer que é verão e fez o bar ferver (literal e metaforicamente) com a presença do trio.








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