sábado, 1 de dezembro de 2012

O Rebucetê Entrevista: Los Froxos

Hoje é dia de ir pro Brega! 



Depois de lotar o Viela-Sebo Café com  "O Putetê - Dá Pra Nóis Que Nós é Patrão", chegou a hora da segunda edição da festa d'O Rebucetê - "O Putetê II - Eu Não Presto, Mas Eu Te Amo". O objetivo é homenagear uma vertente da música popular que esteve sempre presente nas nossas mal-traçadas linhas : o brega. E claro, mais uma vez colocar todo mundo para suar.

Além disso, O Rebucetê sempre apoiou a cena independente local e é por acreditar nesse processo produtivo que algumas novidades aparecem. Trazemos como parceiros e convidados a banda "Los Froxos", cujo repertório contempla diversas fases da nomeada música brega, desde o antigo bolero ao atual arrocha.Os "Los Froxos" são: Pedro Ivo (guitarra e voz), Vinícius Macedo (bateria), Rao Botelho (baixo) e Thiago Salles (teclado).

Em entrevista, o vocalista  Pedro Ivo conta para vocês a história da formação e da escolha do repertório, confira:

O Rebucetê: Vocês tocam um tipo de música que é classificada brega, ou romântica. De onde surgiu a ideia de desenterrar essas pérolas da música popular brasileira?

Pedro Ivo: Acho que tocamos músicas excêntricas. Às vezes romântica, às vezes apenas inusitada, a ideia é trazer realmente o conceito brega à tona, que é inerente ao estilo musical. Tocamos as músicas que todos gostamos, mas que normalmente não revelamos. A ideia surgiu numa mesa de bar no ano de 2010, quando praticamente confessamos um gosto que compartilhávamos sem saber, que é a música de massa, o brega. Daí para a ideia de formar uma banda foi um pulo, assim como o ensaio, praticamente uma semana após. Desde então não paramos.

OR: Apesar do repertório diferente, a Los Froxos está inserida na cena rocker da cidade. Como esse ambiente diferenciado interfere no sentido original das músicas?

PI: Interfere bastante no sentido da bagagem que a gente já traz dessa cena. Todos nós temos bandas de rock paralelas à Los Froxos, e essa influência se faz presente nas interpretações, pela pegada que damos aos ritmos considerados “bregas”.


Foto: Arquivo da banda
OR: No início da trajetória, a banda ainda mesclava seu repertório com clássicos do indie rock e covers de bandas como Arctic Monkeys, Radiohead, etc. O que levou a Los Froxos a cruzar definitivamente a linha e ficar só no brega?

PI: Na verdade, a Los Froxos começou com uma proposta brega. Mas, para quase todos nós integrantes da época (Rao, Vinicius, Pedro Ivo) o trabalho autoral era uma experiência muito rica e naturalmente as músicas nasciam com uma pegada mais rocker, ou mesmo indie. Foi quando fechamos a formação mais duradoura (Vini, Rao, Pedro Ivo e Marcus Avelar), a qual se estendeu por um bom tempo, até decidirmos fixar os estilos em bandas separadas. Nasceu a Prumo, e ficou a Los Froxos, com os três integrantes fundadores. No momento, a formação é a mesma inicial, acrescida de Thiago Salles, que nos encanta com o seu doce tecladinho.

OR: A produção autoral dentro do estilo que vocês propõem é rara, por exemplo, a única banda nesse formato que despontou foi Sua Mãe, do ator Wagner Moura. Como vocês lidam com esse processo de criação e como se voltam pra ele?

PI: Nossa decisão quanto à Los Froxos é que o processo criativo se limita unicamente às versões das músicas já existentes. Ou seja, temos trabalho criativo, na construção de harmonias e novas releituras, mas não nos aventuramos no campo da composição. O intuito da Los Froxos é ser um tributo aos nossos ídolos, tantas vezes menosprezados. Nosso interesse antes de tudo é prestar uma homenagem, por um modelo em tributo. Mas (porém, contudo, todavia) também não excluímos a possibilidade de nascer um trabalho originalmente Froxo. Vamos dar tempo ao tempo.

OR: O próximo evento na agenda da banda é a parceria com o Rebucetê na produção do Putetê em versão brega. O que a galera pode esperar da apresentação dos Los Froxos? Vai dar pra cantar junto?

PI: Com certeza pode esperar um show pra dançar, rir e cantar junto. Se não houver diversão, não é Los Froxos, ora! A galera pode esperar rock, lambada, arrocha, funk, e claro, o brega.
E tudo isso adicionado ao nome que o evento Putetê já carrega é sopa no mel, bala na agulha!
Quem perder, vai se arrepender. O negócio é quente.

Serviço: O Putetê II - Eu Não Presto Mas Eu Te Amo
Data: 01/12/2012
Local: Viela Sebo-Café - Avenida Siqueira Campos
Preço: R$7,00 (Primeiro lote)
Horário: A partir das 20h

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