segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Especial Dia Mundial do Hip Hop

Da Redação*


Dia 12 de novembro é dedicado ao Hip Hop e nós d' O Rebucetê relembraremos agora alguma das nossas matérias que trazem um pouco da bagagem da cultura das ruas no Brasil e em Vitória da Conquista.

A música que ainda mete o dedo na ferida

Emicida no Festival Suíça Bahiana 2011/ Foto: Rafael Flores
No 13 de maio, aniversário da Abolição da Escravatura, o jovem negro Emicida mostrou que o Hip Hop, criado nos guetos jamaicanos em Nova York, funciona muito bem como um megafone para a situação social em que o nosso país se encontra.  Já dizia Chico Science, também influenciado pelo Hip Hop   pernambucano: "eu me organizando posso desorganizar". O movimento tem se organizado cada vez mais e os seus militantes têm toda razão quando caracterizam o movimento como uma arma. Entretanto, políticas públicas para a cultura são escassas, ainda mais se tratando de políticas que abracem a cultura da periferia da margem; e essa mobilização dos jovens de periferia em torno da arte talvez não tenha tanto alcance enquanto os moldes educacionais, políticos e culturais continuarem estáticos e presos ao atual modelo de Estado. 


As mina, pá!

Dina Di/ Imagem: Google
O rap com um toque de feminilidade no som das rimas, passou a não apenas destacar as lutas cotidianas da mulher da atualidade, como também iniciaram um movimento contra a infelicidade, tornando as letras mais acessíveis e plurais. As MC’s, cada uma com sua história de vida,  estão fazendo um trabalho no qual merecem “máximo respeito”. Entre tantas, podemos destacar as paulistas Negra Li e Lurdez da Luz, a brasiliense Flora Matos, as curitibanas Karol Conká e Nathy MC e a carioca Nega Gizza.


Ao som do raggamuffin a noitada nunca perde a graça

Cultura Sound System em Vitória da Conquista/ Foto: Rafael Flores
A cultura sound system, que engloba outros ritmos como o hip hop, dub stereo, rap e reggae nasceu na Jamaica entre o início da década de 1950. O raggamuffin (termo usado pela juventude de Kingston-Jamaica para se referir ao ritmo da música) veio aparecer somente a partir de 1980 através de Wayne Smith.. Aqui no Brasil existem pontos específicos de produção e consumo do ragga dancehall (é muito comum associar os termos raggamuffin e dancehall como se fossem a mesma coisa, porém, enquanto o primeiro faz referência a forma de se cantar, o dancehall significa o ritmo, as batida e a musicalidade do som). Curitiba, São Paulo, Brasilia, Salvador e Vitória da Conquista são algumas cidade que possuem nomes já consolidados como Bemba Trio, Miss Ivy, Sacal, Ministereo Público e Daganja. A maioria desses nomes já incendiaram noites em Conquista junto com o Complexo.


Vamos cada vez mais semear a cultura das ruas, a cultura que salva, preservando a diversidade e lutando pela justiça! #PeriferiaTambémFazCultura

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