sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Rebucetê Entrevista: Patrick Laplan

Por Rafael Flores



Foto: Ana Paula Marques
Ex-Los Hermanos, Ex-Rodox e Ex-Biquini Cavadão, o baixista e compositor Patrick Laplan veio a Vitória da Conquista em março para apresentar sua banda Eskimo (lê-se Esquimó). A banda é formada oficialmente por Laplan no baixo e Cauê Nardi no vocal. Os outros músicos variam em cada turnê.

Como parte da edição conquistense do Grito Rock, a Eskimo tocou no Viela-  Sebo Café no último dia 22. Em um show surpreendente, os cariocas apresentaram o álbum “Felicidade Interna Bruta”, gravado em 2011. O Rebucetê conversou brevemente com Laplan após o show. Cansado, o mentor da Eskimo nos explicou sobre o projeto e comentou sobre a atual cena roqueira do Brasil.


O Rebucetê: Em que momento você decidiu montar a Eskimo?

PL: Cara, foi na hora que eu senti necessidade de compor, acho que foi quando eu saí do Los Hermanos, lá por 2001, sei lá. Tive a necessidade de produzir uma coisa nova, acho que começou ali. Mas tomou corpo mesmo lá pra 2007, 2008, quando eu já estava cansado de Biquini Cavadão, de Rodox... Ou seja, de ficar levantando bola pros outros cortarem. Chegou o momento de dar uma investida em mim, botar as coisas pra fora.
Foto: Ana Paula Marques

OR: E no que consiste a banda, como você pensa a Eskimo?

PL: É tipo uma tradução sobre o que eu penso sobre o mundo. O disco traduz bem essa confusão de você conseguir pensar em várias coisas ao mesmo tempo.  Acho que é isso, cara, ele é muito transparente de como eu sou, essa confusão de repente. É surpreendente porque acaba fazendo sentido pra algumas pessoas.

OR: Como é cair na estrada, não mais como músico acompanhante, mas com sua própria banda?

PL: Tá sendo muito legal, você só pode dizer que é uma banda mesmo depois que tá batendo coxa na estrada, que vai pegar roubada. Agora a Eskimo tá meio que respirando junta, estamos mais fortes, já dá pra pensar em lançar o próximo disco.

Foto: Ana Paula Marques
OR: Essa foi a primeira vez da Eskimo na Bahia e o público estava bastante animado, não foi? O que acharam disso?

Foi nossa primeira vez na Bahia, e achei fantástico, surreal, o pessoal respondeu muito além. Somos um bando de garotos tímidos, fechadões no palco, ficamos meio que tocando ali pra nós mesmo e tal. A recepção do publico hoje foi no mínimo surreal. O que aconteceu hoje foi bem inesperado.

Você já passou por diversas bandas de rock nacional e até chegou a dizer que não as curtia muito.O que tem de interessante no atual rock n’ roll brasileiro?

PL: Volta e meia aparecem algumas coisas prometendo serem fantásticas, mas o pessoal parece que não aguenta mais brigar por tanto tempo, sabe? Isso é uma pena porque as bandas que estão subindo mais não são as minhas favoritas. O pessoal não é audacioso suficiente e essas menores não estão se aguentando, sabe? Mas tem gente brigando ainda pra fazer coisa diferente, interessante.

OR: Quais são essas bandas? Indique algumas pros Rebuceteiros!

PL: Eu indico Medula, Planar e Tono, que pra mim é uma das melhores bandas brasileiras contemporâneas. Posso indicar o Pedro Veríssimo e a Jeniffer Lo-Fi também.


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