segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Fechando o Beco

Por Murillo Nonato
   Foto: Secom/PMVC

O “Fechando o Beco” é um projeto desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria de Cultura, que aproxima a música, o artesanato, a literatura, o teatro e outras formas de expressão cultural à população. Ele acontece todas as sextas e sábados, no beco do antigo Hotel Aliança, localizado no Centro. A iniciativa surgiu do desejo da prefeitura de criar um espaço de fomentação e valorização da cultura e dos artistas locais.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vem aí o Festival Suíça Bahiana!

Por Bia Brito e Ana Paula Marques
           
               Para a alegria dos rebuceteiros e afins, agora é oficial! Nos dias 28, 29 e 30 de outubro, Vitória da Conquista receberá o Festival Suíça Bahiana. O evento ocorrerá no Clube D’Waller e terá 27 atrações musicais da cena alternativa do país com uma estimativa de público de três mil pessoas. Os dois palcos funcionarão intercalando os shows com grandes nomes do cenário alternativo, tanto nacional quanto local.  Autoramas, B Negão, Emicida, Ratos de Porão, Maglore, Suinga, Pirigulino Babilake e Os Barcos são só alguns exemplos.

Enquanto isso na sala do C.A...


Por Lucas L. Dantas

O descontentamento dos alunos de Comunicação Social – Jornalismo com a gestão do seu respectivo Centro Acadêmico já é conhecido por muitos na UESB. Na ultima assembleia dos discentes de comunicação, questionou–se a presença e a atuação do C.A nas questões que envolvem o curso.  
Em entrevistas feitas durante esses últimos dias com alunos do curso, dentre as críticas mais presentes estão: a inatividade do C.A., a falta de posicionamento político dentro do curso e da uesb e a falta de mobilização para os assuntos relacionados com os estudantes.
“Eu conheço Elisa e... Malu que falou na ultima assembleia, não conheço mais ninguém dessa gestão não” comentou Rone Eduardo do primeiro semestre. Isto é um fato que preocupa e além de desconhecerem os membros do centro acadêmico, também se desconhece suas ações. Já estamos no final de semestre, passamos pela greve, tivemos eleições de DCE, e quando se perguntava sobre as atividades realizadas pelo C.A. durante esse longo período, eles desconversavam. No entanto, na ultima Assembleia estudantil realizada pelos representantes do curso, umas das integrantes do “centro”, Maria Luiza, admitiu que a atual gestão, até o presente dia, não tinha feito absolutamente nada, e que a única atividade que eles se mobilizaram para tentar realizar foi a construção da Semana de Comunicação.  Infelizmente, na prática essa suposta construção ainda não se concretizou, já que nas reuniões com o colegiado para tratar desse assunto, o centro acadêmico não se fez presente.
Os “desafios” do curso são muitos, e a gestão atual quando se candidatou não esperava que fosse tão difícil resolve-los, e a coordenadora geral, Elisa Batista possivelmente também não esperava que o C.A., efetivamente, fosse de fato composto apenas por ela e por Maria Luiza. Com isso, as perguntas continuam...

KEYDE PROJETOS?

KEYDE RESULTADOS?

KEYDE? KEYDE? KEYDE?

KEYDE COORDENADOR GERAL?

KEYDE SECOM?

KEYDE CHEGA DE LERO-LERO?

KEYDE C.A.?

Fórum das UEBA's

Por Rafael Flores


Pela primeira vez depois da greve, os estudantes das universidades estaduais da Bahia se reúnem em um fórum estudantil. O IV Fórum das UEBA’s acontece entre os dias 16 e 18 de setembro aqui na UESB. A necessidade de se articular a nível estadual para  discutir temas relacionados ao movimento estudantil, de se organizar e promover lutas conjuntas estimula a realização desse tipo de evento.
O formato do fórum é horizontal, respeita a condição de um movimento estudantil livre e independente, indo além das representações instituídas. As pautas propostas darão continuidade às atividades previstas pelo fórum anterior, realizado em julho na UESC. A Autonomia Universitária e a Permanência Estudantil serão os temas centrais deste encontro.
Para marcar o início do Fórum, rola na sexta às 17h a Cesta Cultural. A festa acontece na área entre as salas dos C.A’s e a quadra poliesportiva. Ladrões de vinil, Andrade de Sertânia, Geslaney Brito, Achiles e Marcos Marinho,  Ítalo, Amanita Baianenses, Tarcisio Gonzaga e Daniel Ortis são apenas algumas das atrações, já que a organização avisou que “o palco é livre”.

A poesia pede licença...

Por Ana Paula Marques

            Durante a semana, a cidade de Vitória da Conquista, especificamente a Avenida Lauro de Freitas (onde funciona o terminal de ônibus central), ganhou um brilho especial. Foram notados alguns varais espalhados em meio aos pontos de ônibus, árvores e até mesmo na cobertura da Polícia Militar do centro. Tais varais contendo poesias, textos e reflexões de poetas e pessoas anônimas, despertaram a atenção de quem por ali passa diariamente.
            Essa intervenção foi desenvolvida por alguns alunos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo da UESB, como proposta de projeto cultural incentivado pela professora de Produção em Cultura, Ana Cláudia Pacheco. O “Poesia no Varal – A poesia pede licença” veio com a intenção de levar a poesia e a arte, que muitas vezes passam despercebidas,  para o cotidiano das pessoas, além de estimular a leitura e a valorização dos artistas locais. Artistas que vão desde grandes nomes do âmbito cultural conquistense, como Papalo Monteiro e Onildo Barbosa, até poetas anônimos, estudantes e pessoas que arriscam algumas palavras, assinam as poesias.
            Os varais estão localizados, além do terminal, em alguns pontos da Avenida Olívia Flores, na Travessa Zulmiro Nunes (onde acontece todas as sextas e sábados o projeto “Fechando o Beco”) e na própria UESB, e ficarão anexados por tempo indeterminado. Vale a pena conferir!

Everyone is gay!

Por Rafael Flores

Hoje a tarde comentei com uns amigos quantas vezes já fui 'confundido" com homossexuais e como eu consegui lidar tranquilamente com isso todas as vezes. Dentre os exemplos mencionei o mais recente, em que um professor jogava na roda minha sexualidade e meu namoro "de faixada". 

Na mesma tarde passei por uma situação no mínimo bizarra. Estava sentado e distraído no penúltimo ponto da UESB, o do quebra-mola das caronas. Sentados ao meu lado estavam dois adolescentes, quinze anos no máximo e óculos escuros escondendo o rosto. Percebi algo estranho ali, eles começaram a me olhar, dar risadinhas sarcásticas e se cutucarem com o cotovelo. No meio dessas risadinhas saiam alguns sussurros de "viadinho, viadinho" e comentários, que eram descaradamente direcionados para mim: 

- Não sei como neguinho consegue ser assim... (risadas e olhares)
- Assim como, velho? (risadas e olhares)
- Andar de um jeito estranho e não gostar de mulher. (risadas e olhares)
- É velho, como é que não gosta de buceta, hein, isso pra mim é falta de educação doméstica (risadas e olhares). 

Não sei de onde eles tiraram essas conclusões, e o que de estranho tinha minha calça jeans com chinelo de coro, mas a gente percebe essas coisas né? As piadinhas eram pra mim. Meu ímpeto foi de entrar na conversa e tentar aplicar algum discurso ali. Mas minha carona chegou antes que eu tentasse direcionar o olhar pra um dos dois. Talvez tenha sido melhor, eu poderia apanhar né? Já que duvido do que esses rapazes cheios de testosterona carregam na cabeça. Essa cena ficou rodando durante o dia inteiro e nem tive ânimo de contar pra ninguém. É um caso pra se pensar uma reforma na educação? Ou é um caso pra se pensar um novo formato de sociedade? 

Posso tá falando uma besteira muito grande, mas acho que ser hetero e não estar encaixado em todos os padrões da tal heteronormatividade é ser tão marginalizado quanto um gay. Não gostar de futebol, não alimentar conversas machistas, não ir à caça "pegar mulher". Quantas vezes já ouvi piada por essas coisinhas? 

A gente vive numa sociedade na qual o homem tem de se mostrar machista e homofóbico todo o tempo para provar uma tal masculinidade e se manter nos padrões.  Consigo prever a reação de muitos ao ler isso aqui. No entanto, não me envergonho de expor essas palavras, me envergonho de estar inserido em um contexto social tão porco quanto este. E pra completar, se ser hetero é ser assim, prefiro ser viado!